sábado, 5 de setembro de 2009

Uma Visão Delicada Sobre os Antigos Nórdicos




Num tempo muitos distante do presente, ao norte da Europa, onde atualmente se localizam a Dinamarca, Noruega, Suécia e as ilhas Islândia e Groelândia, havia um povo valente, guerreiro, dominador e passional: o povo escandinavo.
Naquele tempo, era muito difícil sobreviver. A temperatura era muito mais fria e as circunstâncias muito mais desfavoráveis. Não era possível contas apenas com a sorte, era necessário desenvolver com agilidade meios, estratégias, precauções para trazer qualidade à vida. Este povo possuía muitos medos: medo de tempestades, da cuva, de animais ferozes, medo da terra não responder generosamente ao seu apelo de fome etc.
O medo, quando não leva à ruína e ao caos, leva a um outro extremo, o extremo da coragem e do destemor, e, em vez de morrer, este medo se transforma em fé e a fé descobre todas as outras qualidades, essas qualidades despertam novas possibilidades.

É nesse cenário que surgem algumas inscrições em madeiras ou em pedras, cravadas em fundos sulcos. Esses registros falavam de sol e de chuva, de nascimento e de morte, de tempestade, de alegria, de tristeza, da natureza humana, de desafios, da terra, do céu e do mar. Com o tempo, evoluíram para um alfabeto sagrado, que não chegou a ser usado para a escrita. Era utilizado como alfabeto sagrado, como instrumento de consulta aos deuses.
A paixão pela vida, a necessidade de encontrar novas terras e um clima mais ameno para viver os lançou em ousadas embarcações, que os levaram cada vez mais longe. Até mesmo a criação do relógio do sol, uma espécie de bússola, lhes é atribuída. Os arquitetos do mar contribuíram com suas invenções para a evolução do transporte marítimo até os nossos dias.
Foi a dificuldade que os tirou do mesmo lugar!

O povo escandinavo apreciava a ordem e as leis, e, apesar de uma conduta invasiva e até mesmo cruel, eram extremamente organizados e se consideravam justos. Possuíam um interessante sistema de aconselhamento familiar ou social, conhecido como althing. Os althings eram uma espécie de tribunal, onde cada situação deveria ser exposta na frente de todos para análise, conselho ou até mesmo julgamento. Normalmente, não havia pena de morta, mas sim banimento da aldeia. Esse sistema garantia a ordem.
Naquele tempo, bem distante do nosso, um povo destemido cravou alguns traços nas pedras. Era uma gente diferente, sofrida, buscando seus valores e acreditando em superação exatamente como nós hoje, na pós-modernidade. Tanto ontem como hoje, sabemos que a vida é rara, cara e imprescindível. Da mesma forma que os antigos do norte precisaram emigrar para sobreviver, também nós precisamos nos mover, despertar, descobrir os tesouros guarddos no interior de nós mesmos e nos aportar.
Tão longe de ontem, tão hoje, tão perto do amanhã: somente a grande descoberta do insconsciente possibilitará a criação do homem do futuro, um homem fluído, capaz de enfrentar e romper quaisquer obstáculos. Um homem cuja referências e qualidades tangíveis serão passíveis de tornar o universo melhor.

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