sábado, 5 de setembro de 2009

Odin - O Deus das Runas






"Encontrarás as runas, símbolos mágicos,
bons, fortes e poderosos.
Como assim os quis o senhor da magia,
Como os fizeram os Deuses propícios.
Como os gravou o príncipe dos sábios."
Edda


É o maior de todos os deuses do panteão nórdico, sendo ainda o deus pai, criador do mundo dos homens, demônios e espíritos esclarecidos, genitor de todos os demais deuses e chefe das famílias dos Ases.
Dia: Quarta-feira
Cor: Azul
Pedra: Água marinha
Odin era conhecido como Wodanaz no antigo gótico, que significava "Mestre da Inspiração" Vodans no antigo nórdico; Ouvin no antigo saxão; Woudan, no alto alemão; Woutan, na Westfalia; Guodan ou Gudan, na Frisia Veda. Seu nome parece ter origem no antigo nórdico Vada e Od, e no antigo alemão Watan e Wout.
E se inicialmente significavam razão, memória e sabedoria, com o advento do cristianismo as palavras passaram a ser associadas à tempestuoso e violento. Existem várias designações para Odin, e as mais conhecidas são: Aldafur (All father = todo pai), Pai dos Exércitos, Pai dos Mortos em Batalha, Pai da Magia, Padroeiro dos Magos Andarilhos e Ladrões, Senhor da Runas, Velho Criador, Grim (encapuzado), Senhor dos Mortos e das Encruzilhadas e ainda Senhor do Vento do Norte. Odin é famoso também pelo seu alto grau de conhecimento. Conta uma das lendas que procura revelá-lo a partir do duelo de palavras, onde aposta a vida e sai sempre ganhando. Era ainda o Rei dos deuses e devido a tal habitava o VALHALLAH – o mais esplendoroso de todos os palácios do ASGARD. Sentado em seu famoso trono HLIDSKJALF, de onde podia avistar o mundo inteiro, Odin se revestia de onisciência, onipotência e onipresença.
Para isso contava com a ajuda de dois corvos, HUGIN (espírito ou razão) e MUNIN (memória de entendimento) que estavam sempre posicionados em seus ombros. Dizem que durante o dia rodavam o mundo e voltavam à noite para contar as informações para o grande deus. Havia ainda dois lobos, GERI e FREKI, que se alimentavam de toda a carne (inclusive humana) que era ofertada a Odin, e que montavam guarda aos seus pés. Não podemos deixar de citar também a fabulosa contribuição de seu lendário cavalo SLEIPNIR, que munido de oito patas, permitia ao deus locomover-se rapidamente pelos céus indo de uma esfera a outra da existência humana e divina. Dos mágicos anões ferreiros Odin recebeu sua lança GUNGNIR que só se detinha após ter atingido o alvo; e o anel DRAUPNIR, que aumentava constantemente as riquezas a quem Odin emprestasse. Mas Odin não vivia sozinho em Valhallah tinha a companhia de todos os guerreiros mortos em batalhas recolhidos no minuto derradeiro pelas Valkirias, virgens aladas subordinadas ao grande deus. Esses guerreiros alimentados com a carne do javali SCHRINIR (que ressuscitava após as refeições) e o leite mágico da cabra HEIDUM (em muito se assemelhava ao hidromel, bebida dos deuses).
Misticamente, foi através da magia do Deus Odin que os deuses e os homens tornaram-se aptos a receber a sabedoria rúnica.
Contam as lendas que Odin só conseguiu adquirir esses conhecimentos mágicos após ser empalado pela sua própria lança e permanecer suspenso na Árvore do Mundo durante nove dias e nove noites.
Odin foi o primeiro a receber a total iniciação dos mistérios rúnicos, reformulando-os para a linguagem dos homens e dos deuses; e foi graças a esse seu grande esforço que as runas conseguiram transmitir toda sua energia e conhecimento.

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